terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Kathia Calil fala como foi contracenar com grandes personagens da Tv e do cinema como José de Abreu, Danton Mello, Guta Stresser e Eucir de Souza

 Montagem: Portal BNC
“Atuar exige. A função do ator é atuar. E que lindo isso! Que sorte! Eu gosto mais é de atuar (risos), amo fazer cinema, sou encantada com a magia dele desde pequena, e sempre foi um sonho estar na telona. Teatro é maravilhoso também, proporciona um desafio e um aprendizado diferente do vídeo. Fiz uma peça muito complexa em 2015/2016, dirigida pelo Leonardo Medeiros. Acontecia toda na água, por aproximadamente 60 minutos, estávamos dois atores em cena, molhados e no escuro, trabalhando com luzes focais, blackouts, não enxergávamos nada. Já o público via tudo! Fazíamos um drama do dramaturgo americano Tennessee Willians. Era lindo de fazer. Cada dia o desafio de se colocar no risco do ao vivo”. Diz atriz
Do Portal BNC, Por Aluysio Morais
Terça-feira, 27 de fevereiro de 2018 (20:38;43)

Nascida e radicada na grande São Paulo, a atriz Kathia Calil, não muito conhecida nas telinhas das Tvs brasileiras, mas por outro lado famosa pelas várias personagens interpretadas em teatros e longas metragens no Brasil e Exterior fala em entrevista exclusiva ao Porta BNC sobre início da carreira, assédios de fãs, dos longas onde contracenou com várias pessoas famosas, enfim...


De um talento extremo, a jovem atriz já fez vários trabalhos ao lado de pessoas consagradas, tais como: José de Abreu, Danton Mello, Guta Stresser e Eucir de Souza que teve uma breve participação na novela “O outro lado do paraíso” (Globo), entre outros... inclusive todos estão no longa “Antes que eu me esqueça”, que atualmente está nos festivais dos Estados Unidos, Portugal e França e que em breve estreia aqui no Brasil.

Vale salientar que entre março e maio a linda atriz Kathia Calil estreia 3 filmes e 2 séries, entre elas a série “O negócio”, da HBO, que está na quarta e última temporada.

Perguntada quais suas perspectivas em 5 estreias em tão pouco espaço de tempo no Brasil, ela respondeu: “É sempre emocionante ver o trabalho nascer. Fico muito feliz de estar envolvida nesses projetos, são todos trabalhos cheios de dedicação do elenco, da equipe, muito amor, muita vontade de realizar”. E concluiu: A série "O Negócio" foi um presente. Entrei para substituir a atriz Sophia Reis, ela não pôde dar continuidade para personagem dela, a Raíssa. E eu cheguei com essa personagem já existente e foi uma delícia. Ela é uma grande amiga do personagem Yuri (Johnnas Oliva), todas as cenas que fiz são com ele e foi uma oportunidade muito bacana, pois quanto mais cenas com um ator/personagem mais chance de desenvolver a relação entre eles. Já estou ansiosa para assistir o resultado! (risos)”.

                   Kathia Calil estreou nos cinemas em 2013, com o longa-metragem “Meu Pé de Laranja Lima”, dirigido por Marcos Bernstein. Também em 2013 foi homenageada e recebeu o prêmio Top of Business, ao lado de atrizes como Leticia Spiller. Além do prêmio de melhor atriz no Festival Art Deco de Cinema.

Após viver a adolescente interiorana, Jandira, em “Meu Pé de Laranja Lima”, a atriz Kathia Calil, conta como foi dar vida a dançarina de boate, Kats, e reencontrar o ator José de Abreu no set de seu novo longa “Antes Que Eu Me Esqueça”.

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Veja na íntegra a entrevista completa com a atriz

B N C – Como surgiu a ideia de ser atriz?
Kathia Calil – Sinto que foi instintivo. Mais do que uma ideia ou um planejamento. 

Desde criança, mesmo sem muito acesso a cultura, eu inventava peças de teatro improvisadas com meus vizinhos da rua e criava apresentações e coreografias com figurino e tudo (risos).
Foto: Divulgação

B N C – Com quantos anos você começou no mundo da dramaturgia?
Kathia Calil – Lembro que estava na escola quando os coordenadores propuseram as aulas de teatro como atividade extracurricular, eu fui! Devia ter nove anos, lembro também que pouco depois o professor abandonou a gente (risos). Ficamos sem as aulas e foi quando anos depois mudei de colégio, que voltei para as aulas de teatro, já com 12 anos. Desde então não parei mais de estudar e buscar grupos para poder praticar fora do ambiente escolar.

B N C – Quando você percebeu que levaria jeito para a dramaturgia?
Kathia Calil – Eu sempre amei criar novas vidas, a imaginação sempre foi longe. Acredito que percebi que levaria jeito quando comecei a fazer testes e ser aprovada, tive a chance de estrear no circuito profissional de teatro de São Paulo, ainda nova, uns dezoito anos, como protagonista de um drama.

B N C – O que significa ser atriz para você?
Kathia Calil – É a minha realidade. Significa me sentir viva e realizada...

B N C – Quais suas principais dificuldades no início da carreira como atriz?
Kathia Calil – De início é muito difícil ter apoio da família, por ser uma profissão muitas vezes desvalorizada e por não oferecer uma garantia de plano de carreira, ou salário fixo, estabilidade. Eu entendo o medo, mas quis encarar. Tive mais medo de viver uma vida sem buscar meus sonhos. Além da família tem o desafio de encontrar os caminhos para serem percorridos. Exige bastante dedicação de estudar e se informar. Parece-me que é uma profissão de muitos caminhos e cada um tem o seu.

B N C – Em que você mais gosta de atuar, no teatro ou cinema? Qual que exige mais de uma atriz?
Kathia Calil – Atuar exige. A função do ator é atuar. E que lindo isso! Que sorte! Eu gosto mais é de atuar (risos), amo fazer cinema, sou encantada com a magia dele desde pequena, e sempre foi um sonho estar na telona. Teatro é maravilhoso também, proporciona um desafio e um aprendizado diferente do vídeo. Fiz uma peça muito complexa em 2015/2016, dirigida pelo Leonardo Medeiros. Acontecia toda na água, por aproximadamente 60 minutos, estávamos dois atores em cena, molhados e no escuro, trabalhando com luzes focais, blackouts, não enxergávamos nada. Já o público via tudo! Fazíamos um drama do dramaturgo americano Tennessee Willians. Era lindo de fazer. Cada dia o desafio de se colocar no risco do ao vivo.
Foto: Divulgação

B N C – O que significou para você contracenar com atores consagrados como José de Abreu, Danton Mello, Guta Stresser, Eucir de Souza, dentre outros no longa cujo título é “Antes Que Eu Me Esqueça” que em breve será exibido no Brasil)
Kathia Calil – Para mim foi uma oportunidade incrível de atuar com atores mais experientes, observar como eles trabalham e fazer amizade, trocar ideias, experiências. Foi intenso, passei um mês filmando quase todos os dias no Rio de Janeiro, minha personagem é a Kats, a dançarina da boate que o Polidoro (José de Abreu) investe.  

B N C – Dentre vários longas que você fez quais os 3 que você mais destacaria?
Kathia Calil – Meu primeiro longa eu tenho muito carinho. Foi o "Meu Pé de Laranja Lima", também com o José de Abreu, filmamos na Zona da Mata em Minas Gerais, passei dois intensos meses na região, foi uma oportunidade de começar a entender como funciona toda estrutura do cinema, o por trás do filme que assistimos pronto. O filme estreou em muitos países e foi bonito. Outro eu destaco o "Antes Que Eu Me Esqueça", que ainda vai ser lançado no circuito nacional, por enquanto está rodando os festivais. Por último e não menos importante, destaco o "Todos Nós 5 Milhões", que também ainda não estreou. O filme é uma proposta de documentário e ficção e trata de um assunto que precisa ser olhado, a quantidade de crianças que não têm nome do pai no registro e as consequências disso para as crianças e para as mães. O projeto é lindo e tem argumento e direção do Alexandre Mortágua. 

Foi um convite que fiquei muito feliz de ter chegado até mim. 

B N C – Cite 2 peças teatrais que você destacaria e que marcou sua vida:
Kathia Calil – As duas que mais me marcaram foram: a primeira que eu protagonizei que foi "Achados e Perdidos", da companhia Artéria Teatral. A outra foi a que citei anteriormente, "As Palavras da Chuva", com direção do Leonardo Medeiros. 

Fiz nos anos 2015 e 2016, além de todo o desafio que já contei, no segundo ano da peça fizemos as versões com um casal de atores e a versão com um casal de atrizes. Tive a oportunidade de contracenar com a querida atriz Letícia Tomazella, e de alguma forma estabelecer esse contato com o público lgbt, que foi maravilhoso, um prazer pra mim.  

B N C – Como você avaliaria o longa “Antes Que Eu Me Esqueça”, filme que inclusive está nos festivais dos Estados Unidos, França e Portugal neste momento?
Kathia Calil – O longa está lindo. Foi muito bem produzido, filmado, o roteiro emociona e envolve. Tivemos muitas críticas positivas no festival de Santa Bárbara, na Califórnia, até ganhamos uma quarta sessão, pois as anteriores lotaram e o público queria assistir. Agora a próxima exibição é em Lisboa, (Portugal), no festival de cinema. Depois o filme volta aos Estados Unidos para o festival Cinequest e embarca para Paris, França, para o festival de cinema brasileiro. Acredito que quando estrear por aqui o público vá se emocionar e sair satisfeito com o trabalho do nosso cinema nacional.

B N C – Estreia nos próximos meses (março e maio) 3 filmes e 2 séries, entre as séries “O Negócio” da HBO, que está na 4ª temporada. Quais suas perspectivas diante de 5 estreias em um espaço tão curto de tempo?
Kathia Calil – É sempre emocionante ver o trabalho nascer. Fico muito feliz de estar envolvida nesses projetos, são todos trabalhos cheios de dedicação do elenco, da equipe, muito amor, muita vontade de realizar. 

A série "O Negócio" foi um presente. Entrei para substituir a atriz Sophia Reis, ela não pôde dar continuidade para personagem dela, a Raíssa. E eu cheguei com essa personagem já existente e foi uma delícia. Ela é uma grande amiga do personagem Yuri (Johnnas Oliva), todas as cenas que fiz são com ele e foi uma oportunidade muito bacana, pois quanto mais cenas com um ator/personagem mais chance de desenvolver a relação entre eles. Já estou ansiosa para assistir o resultado! (risos).
Foto: Divulgação  

B N C – Como você vê hoje as novelas exibindo cenas inadequadas em horários que ainda tem crianças assistindo? Será que vale tudo pela audiência?
Kathia Calil – Sinceramente eu não acompanho as novelas, mas penso que precisaria repensar o formato, a proposta e penso que existe uma mudança acontecendo no mercado, que vai de alguma forma atingir esse jeito de se fazer as novelas.

B N C – Qual lado bom da fama?
Kathia Calil – Acredito ser a oportunidade de se trabalhar com o que ama. Vejo a fama como um reconhecimento do seu trabalho.

B N C – E o ruim?
Kathia Calil – Eu não experimentei a fama como atores de novela. Penso que tudo tem um lado bom e um ruim, imagino que deva ser difícil viver sempre sendo observado.

B N C – Como você encara o assédio dos fãs?
Kathia Calil – Eu tenho muito carinho quando recebo mensagens via redes sociais de pessoas que admiram meu trabalho e demostram estarem ao meu lado, torcendo. Acho muito especial receber carinho.

B N C – Você se sente uma pessoa realizada no mundo artístico?
Kathia Calil – Me sinto orgulhosa e grata por tudo que venho conquistando. Ainda quero mais! Não parei por aqui!

B N C – Quem é Kathia Calil atriz e Kathia Calil pessoa?
Kathia Calil – Sou a mesma pessoa. A diferença é que quando estou no trabalho existe o lado profissional, que eu sempre encarei com muita seriedade e respeito.

B N C – Se você encontrasse o gênio da lâmpada e tivesse que fazer 3 pedidos, quais seriam esse pedidos?
Kathia Calil – Eu ia pedir dinheiro para fazer um bom filme (risos). Ia ser ótimo ter uma casa fora de São Paulo, talvez na Bahia, perto do mar. O terceiro seria saúde, muita! Para poder seguir firme e forte atrás dos sonhos.

B N C – Uma pergunta que seus fãs gostariam muito de saber, ou não... não sabemos... mas como está seu coração com relação ao amor?
Kathia Calil – Amo o amor. É lindo amar (risos).

B N C – Para encerramos nossa entrevista, queríamos fazer um jogo rápido, vamos lá? Uma viagem;
Kathia Calil – Itália.

B N C – Um momento;
Kathia Calil – A primeira vez que entro num set de um projeto bacana. É sempre magia.

B N C – Um ídolo;
Kathia Calil – Minha mãe!

B N C – Um sonho;
Kathia Calil – Fazer um filme que eu fale várias línguas. Tipo a Juliette Binoche no "Cópia Fiel".

B N C – Uma virtude;
Kathia Calil – Muito carinhosa.

B N C – Um defeito;
Kathia Calil – Um pouco mandona.

B N C – Atualmente para qual classe de pessoas você tiraria o chapéu no Brasil?
Kathia Calil – Eu tiro o chapéu para as pessoas honestas do Brasil, que resistem a tantas coisas que vemos na política e na sociedade como um todo.

B N C – E para qual não tiraria?
Kathia Calil – Para nossos políticos.

B N C – Amor;
Kathia Calil – É o que nos move.

B N C – Superstição;
Kathia Calil – Não passo debaixo de escada de jeito nenhum! (risos).

B N C – O que não pode faltar em sua bolsa;
Kathia Calil – Um protetor labial! 

B N C – Um filme;
Kathia Calil – Aí! Só um? Muito difícil!! Vou deixar na conta do diretor, pois amo os filmes dele, Pedro Almodovar.

B N C – Um livro;
Kathia Calil – Poesias do Fernando Pessoa.

B N C – Uma frase:
Kathia Calil – “Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes”.
Foto: Divulgação
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Foto: Johnnas Oliva posa ao lado da atriz Kathia Calil (Foto: Arquivo Pessoal)
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Foto: Gabriel Rufatto 
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Atriz Kathia Calil ao lado do global  José de Abreu (Foto: Divulgação)
Atriz Kathia Calil que contracenou com Danton Mello mostra que nasceu para o mundo da dramaturgia (Foto: Divulgação)

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